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Migrar como questão de vida ou morte

Migrar como questão de vida ou morte

Tempo: 32:09
Desde 2014, mais de 20 mil pessoas morreram afogadas no mar Mediterrâneo quando tentavam chegar na Europa para pedir asilo. Elas fugiam de guerras, perseguições, violações de direitos humanos e também da miséria.
Em junho de 2019, a ativista Carola Rackete era capitã do SeaWatch3, navio de uma ONG alemã que resgatava pessoas à deriva naquelas águas. Salvou 53 pessoas e, depois de um impasse de semanas, desobedeceu às ordens da guarda costeira italiana e atracou no porto de Lampedusa.
Os tripulantes que buscavam refúgio puderam desembarcar em segurança, mas Carola foi presa. Trata-se de um fenômeno que os pesquisadores têm chamado de crimes de solidariedade.
O episódio ganhou projeção global e ilustra bem o atual impasse entre direitos humanos e política migratória no mundo, que hoje soma um recorde de 80 milhões de refugiados.
Carola, que lança seu primeiro livro, "É Hora de Agir", enxerga a herança colonial, desigualdade global e a crise climática conectados na crise migratória iniciada em 2014.
A diretora de programas da Conectas, Camila Asano, explica as regras que ordenam o acolhimento dessas pessoas no Brasil, que hoje tem uma fila de quase 188 mil solicitações de refúgio e mais de 58 mil refugiados reconhecidos —80% deles vindos da Venezuela.
Uma delas é a psicóloga Merlina Saudade Ferreira, que chegou a Roraima com o marido e os dois filhos e enfrentou as dificuldades do trajeto, a xenofobia e, agora durante a pandemia, o desemprego. 
Mas ela sabe que as coisas sempre podem ser mais complicadas: no seu trabalho voluntário de auxílio a outras pessoas em busca de refúgio no Brasil, ela está em contato com uma família de conterrâneos que deu de cara com a fronteira com o Brasil fechada, e ficou presa entre Letícia e Tabatinga, sem dinheiro nem coragem para voltar para trás.
Durante a pandemia, o Brasil fechou suas fronteiras por terra e mar, impedindo os fluxos de migrantes em perigo, ainda que o país esteja aberto a turistas vindos de avião. Entidades criticam essa medida.
O congolês Diganga Sikabaka Prosper, formado em relações internacionais, vive há oito anos no Brasil e aponta que, além da xenofobia, migrantes negros vindos da África ainda enfrentam por aqui o racismo.
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ID do Episódio: 1000502810826
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Data de Lançamento: 18/12/2020 09:00:00

Descrição

Num mundo polarizado e cheio de desinformação, uma ideia simples e ao mesmo tempo revolucionária está em xeque mais uma vez: a de que, mesmo diferentes, todas as pessoas têm direitos iguais. No podcast Cara Pessoa, a jornalista Fernanda Mena discute quais são os desafios dos direitos humanos na prática, com histórias de quem pensa o assunto e de quem também se movimenta para que eles sejam mais do que palavras bonitas num papel. O programa é uma parceria entre a Folha e a Conectas.

Apple Podcasts: Opiniões de clientes

motivo

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agusto prates
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2022-04-22
sou um ouvinte assíduo do Cara Pessoa, logo percebi que há muito tempo não postam nenhum Ep novo.
gostaria de saber por que pararam, é tão incrível esse podcast, eu amo escutar!
bom, de qualquer forma, espero que voltem logo!

Cadê vocês!

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Leno salgadeiro
 – 
2021-01-25
Salve meus amigos! Sou uma pessoa simples um negro empreendedor que busca o lugar ao sol a 46 anos. Após muitos anos de estudos achei que era utopia, daí chega vocês mostrando que talvez não serei alcançado pelos benefícios da luta mas tenho que lutar, pois muitos dos direitos que tenho hoje, os idealizadores não contemplaram a conquista. Cara pessoa obrigado por dar voz aos verdadeiros locutores.

Gratidão

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Marla Romano
 – 
2021-01-04
Gratidão por me levar a tantas reflexões. Quero mais episódios. Podcast necessário. Muito obrigada! Excelente!!!

Se eu disser “imperdível!”, você vai acreditar?

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Milton Irritado
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2020-12-07
Dessas reportagens inesquecíveis, pela forma como o tema foi abordado e pelo conteúdo sempre essencial. Muitos dados, muitos exemplos, muita gente que entende, que sente, que sofre na pele. Dá voz, desenha e grita ao mesmo tempo. Natália e Fernanda mandam bem demais, da produção à sonoplastia. Algumas poucas sonoras estão maltratadas porque mal captadas, mas nada que um acerto no volume não dê jeito. A edição e o ritmo da locução são excelentes, dignos das melhores rádios, o que é raro nos podcasts da Folha (que sabe tudo e mais um pouco do jornal impresso, mas ainda vai ter que comer muuuuita grama pra fazer podcasts razoáveis). “Cara pessoa” é fortíssimo candidato a qualquer prêmio de jornalismo, o que, longe de ser o desejo dessas duas repórteres com R maiúsculo, ajudaria muito na difusão dessa preciosidade que são os meus, os seus, os nossos direitos humanos. Parabéns, Meninas!

Provocador e reflexivo.

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Recebeka
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2020-11-21
Não há como ouvir sem refletir, sem se sentir desconfortável e por isso mesmo é tão importante ouvir.

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Emanuely Sasaki
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2020-11-16
Podcast maravilhoso, gratidão! 💕

O melhor dos melhores

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Heitor Souza Assis
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2020-11-10
Não tem como não ouvir. A Folha de SP sempre se superando fazendo podcasts cada vez melhores. Recomendo para todos que possam. Muito bom!

André

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Anndrenobre 🌍
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2020-11-10
FAKE NEWSSSS!!

Ótimo

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Denis Paul
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2020-11-06
Vale a pena ouvir!!

Muito bom

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guiganime
 – 
2020-10-30
Muito necessário esse podcast!